quarta-feira, 29 de outubro de 2008

DÚVIDAS E PLANOS

Procurei palavras para entender suas dúvidas
Procurei motivos para manter meus planos
Suas dúvidas surgem diante dos meus planos
Se entrelaçam, se confundem, se mostram

Os planos determinados de homem
As dúvidas confusas de uma mulher
E o sentimento ligando os dois
As dúvidas e os planos

Que sentimento é esse,
Que não esclarece as dúvidas?
Que sentimento é esse,
Que move os planos?

Será que é das profissões?
Ele planeja realizar suas metas
Ela faz das linhas as suas dúvidas

A dúvida não faz parte do plano dele
E o plano, era não ter dúvida com ela
Mas com tantos planos e tantas dúvidas
Eles acabaram tristes

Ela, cinema e dúvidas
Ele, poesia e planos

terça-feira, 21 de outubro de 2008

MAS, NÃO É AMOR!

O afeto que tenho por você é imenso
Mas não é AMOR
A saudade, a falta que faz
E a vontade de estar perto
Parece com AMOR, mas não é AMOR

Poderia ser chamado de SONHO
Pois, é, na maioria das vezes, incompreensível
Poderia ser chamado de DESEJO
Pois, se dissolve com o tempo
Mas não é AMOR

A sintonia entre duas pessoas
As conversas intermináveis
Assuntos e lugares que nos remetem à pessoa
Parece com AMOR, mas não é AMOR

Poderia ser chamado de CONFIANÇA
Pois, nossos segredos não são revelados
Poderia ser chamado de RESPEITO
Pois, nossas individualidades não são invadidas
Mas não é AMOR

Essas não são palavras de AMOR
São palavras de AMIZADE
São palavras de CARINHO
Não poderia ser palavras de AMOR
Porque não é AMOR

É a descoberta de outro sentimento
Depois do recesso
Mas, não é AMOR!

Uma Canção

Quando eu quis você
Não medi os meus instintos
Me apaixonei, me perdi
Pedir o tino
Hoje estou assim
Apaixonado e sozinho
Nunca pensei que seria meu fim
Querer alguém tanto assim

Eu que resistir
Me esquivei pra não me ferir

Vem a vida e lhe mostra
Que nem sempre é pra sempre
E quase sempre é oposta
A vida que a gente gosta

Mas amanhã é outro dia
E eu não fiz nenhuma aposta
Quase sempre é oposta
A vida que a gente gosta


05-07-96

DEPOIS DO RECESSO

Na vida, ás vezes, é preciso parar
Mesmo que seja bom, se for ruim, tem que parar
Isso poderia ser aplicado a tudo, mas não é assim

Nesse caso específico, parar foi à diferença
Já que se tratava de uma “droga”, tinha que parar
Por que, quando se para, é quando se sente melhor o efeito
O efeito de parar foi o melhor possível

Hoje, lembro daquele efeito alucinógeno
Do “barato” que ela dava, do prazer em usá-la
Lembro também, da depressão, da falta de algo substancial
Como toda droga e como todas, tem que parar

Hoje encaro essa “droga” de outra forma
A vejo mais tranqüila, mais serena e muito mais alegre
Desejo está perto para saber que ela não me causa dependência
Que hoje, a ansiedade é para está perto e não usar

Não se faz mais necessário consumi-la
Para saber que ela, a “droga”, é da boa
E que pode ser um remédio, a cura
Mas, como a palavra grega fármaco

Pode ser veneno ou remédio
Depende da quantidade

SAUDADE DAS PALAVRAS

Sinto saudade das palavras
Sinto falta de escrevê-las
De expô-las nesse vazio branco
E de fazer chegar até você

Na madrugada, elas me vêem
Passam a noite comigo e somem
Ficam no meu imaginário
Alimentando minha insônia

Hoje, logo hoje, as coloco aqui
Talvez inspirado pelo dia, dia do poeta
E eu, me atrevendo a ser um
Ou, inspirado em mais uma boa conversa

As palavras destas conversas se transformam
Em textos metidos a poesias.
E a saudade que tenho das palavras
Confunde-se com a saudade de você

As palavras são assim, como você
Não me pertencem, existem para me fazer poeta
Eu as encontro por ai, soltas e livres
E as transformo frases, para chegar até você.

Eu sou apenas um pretensioso e atrevido
Fazendo saudades e palavras virar poesias

A menina da varanda

Ah! Essa varanda...
Que já viu tantas coisas por outros olhos
Hoje, tem outros olhos vendo outras coisas

Imagino EU o que esses olhos estão vendo
O que essa cabeça ta pensando...
Novos sonhos, talvez, novas metas, talvez
“Tudo novo para seus olhos velhos”

Sentada na varanda, falando ao telefone
Estando próximo do que deixou pra trás
E ouvindo para seguir esses novos sonhos
Seguir essas novas metas, ir em frente

A menina da varanda
Não é mais tão menina
Para decidir sua vida

A menina da varanda
É menina para fazer feliz
As pessoas que lhe cercam

PRESTE ATENÇÃO, QUERIDA! (Inspirado em Cartola)

Ainda é cedo, talvez não seja agora
O rumo de nossas vidas é incerto
Só não vamos deixar virar pó
O sentimento que se instalou

Você sempre decidida
Tão certas das coisas
Preste atenção, querida!

O tempo muda as pessoas
Ás vezes em pouco tempo
Os sonhos mudam, os desejos também
Preste atenção, querida!

Dos amores ficam cinismos
Dos desejos, sobram as lembranças
Da certeza, a dúvida
O mundo é um moinho

Preste atenção querida!